quinta-feira, 27 de agosto de 2009


" Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas
renúncias e loucuras, alguém me valoriza
pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...e não brinque com ele."

Ciúmes e o Amor


Todos nós sabemos que o amor anda lado a lado com o ciúme, não existe amor sem ciúme.

Quando morre o ciúme, o amor não consegue sobreviver sem ele.

E entra no estado de depressão, e morre o amor!

Aos amantes por mais que diga que ciúme não é um sentimento bom, eu digo que é!

O ciúme é a certidão expedida de que o amor existe.

O ciúme faz com que teu ego viva, tua vaidade seja eterna, faz você se sentir desejado (a).

Têm amantes que confundem ciúme com possessividade, a possessividade acaba com qualquer relacionamento, não há coisa mais temida na vida dos amantes do que a possessividade, imaginou você tendo seus bolsos revirados, sua camisa inspecionada, sua bolsa, tua carteira, teu celular...

Mas vou encurtar esta história, quando chega o fim do relacionamento, quando a pessoa amada vai embora, e uma das partes fica a desejar tua volta, implora, chora, se humilha, faz de cada segundo da vida, um motivo para trazer seu amor de volta, sem sucesso você desiste e resolve escutar o conselho daquela amiga (o) de se arrumar, sair, conhecer um novo amor.

Você aceita, e vai.

Mas aonde ir, teus pensamentos já te leva aos lugares onde se conheceram, e por coincidência se encontram, mesas separam o casal, olhares são trocados, eis que ele ou ela recebe uma cantada, um ou outro vai desviar o olhar, mas o sentimento não é mais de ciúme, e sim da possessividade que ficou e matou o amor e o ciúme.

Você ou ela vai sair, ou vai tomar um porre. Sei lá cada um tem uma reação.

Mas com certeza, com o ego machucado e a vaidade ferida.

E quem ficou vai acreditar que foi um gesto de ciúme, que na realidade não é mais ciúme, pois ele já morreu lembra?

By Fernando



Abri as gavetas aquelas que sempre custam abrir porque contêm coisas grandes demais. Pedaços de mim reflexos do que sou. Ou hoje sou apenas os reflexos do que fui. Já não sei. Mas a essência, a que ultrapassa todas estas tempestades, intocável.
Abri-as devagar, para não magoar. E estava tudo lá. Todos os amores. Os grandes, os que ficam todos os que foram eternos e que agora só eu sei porque os sinto sem nunca o ter dito. Sentimentos presos em momentos, palavras que ficaram por dizer.
Tudo o quanto vou colocando com ternura num baú já tão velho, quando prefiro não ver, mas não quero, mesmo assim, perder. Quero saber que está ali, que a qualquer hora, quem sabe, possa outra vez recordar.
Com coragem sentei-me na cama, rodeado de papéis sem importância aos olhos de todos,mas com muita aos meus. E instala-se a nostalgia.
E no final, arrumei o baú, fechei as gavetas em mim sem me desfazer de nada.
Esta mania de querer sempre tudo pertinho, para que possa ver tudo outra vez. Como num passo de mágica recuar no tempo e voltar lá, à praia, ao carro, à montanha, ao hotel, ao café, a qualquer lugar, pensar nas palavras, sentir o começo de todas as paixões. Como primeiro não era nada e depois era tudo. Voltar ao momento em que se olha alguem e o coração nos diz que existe ali um carinho que só quer crescer e nós, distraídos, nem tínhamos notado que o carinho, nesse momento, já nos preenchido todo o peito.
Afinal, posso rasgar todas as folhas, escritas e por escrever, de pouco valem. Posso inventar palavras, as que existem não dizem tudo pouco há que possa escrever em momentos assim, como este. Instantes de evasão ao meu próprio passado.
Olhar para trás e saber que a vida segue por caminhos que nunca entendo bem. Por isso preciso voltar lá. Re-sentir, re-viver, re-olhar, re-amar...para quem sabe re-fazer tudo outra vez.
Continuou tudo lá. As cartas, os bilhetes, os recados, as fotografias que contêm os sorrisos presos num momento, os abraços, as flores secas.
By Fernando

Quando eu cair

Quando eu cair, me deixe ali, quietinho, pensando onde errei, pensando se vou querer levantar, afinal eu achei que poderia mudar tua vida, achei que tinha asas e poderia amar, me julguei onipotente, que nada me afetaria, julguei-me um verdadeiro Deus.

Acorda meu irmão!

Se enxerga, olhe pra você aí no chão, levante ao menos a cabeça e veja se encontra alguém? Alguém que te estenda a mão, Você não precisa, afinal você é o cara bacana, o amigo dos amigos, você não chora, você não precisa amar, você tem de tudo, não precisa de ninguém, mas levantar para que?

Por que e por quem?

Já me falaram que quanto maior o sonho maior a nossa queda, mas eu digo!

Quem estava sonhando P...?

Não quero me levantar, alguém, por favor, tenha a compaixão de abrir uma cova e ali deixar passar meus últimos e reais momentos de lucidez...


O que me faz feliz

Sou um tipo feliz, mas sou mesmo. Desde há muito que aprendi que devia amar a vida e não me preocupar com idiotices do genero “se isto” “se aquilo”, vejo tanta gente a preocupar-se com coisas que poderão vir a acontecer no futuro, mas que nada garante que aconteça. Passam a viver vidas miseráveis cheias de preocupações, com isto não digo para serem irresponsáveis, não o sou. Digo apenas para viver, para aproveitar o dia, para amarem e procurarem a felicidade, há quem fique á espera dela...grande erro.
Há certas coisas que me fazem feliz instantaneamente, ler um livro... alem de fazer bem á alma ainda se aprende umas coisas. Que tal ouvir a musica que mais gostamos bem alto enquanto tentamos fingir que a sabemos cantar, ou decorar a música para a ouvir no melhor i-pod de todos,a nossa mente. Ir até uma praia,uma fazenda um ermo qualquer (acompanhado ou não, fica ao vosso critério) olhar para as estrelas e ver que realmente somos insignificantes e que os nossos problemas ainda o são mais. Juntar os amigos e divertirem-se como já o fizeram antes...e porque não dizer a alguém que o amamos, a um pai,mãe,irmão,irmã,namorada,namorado...a alguém a quem um dia não fiquemos arrependidos de não o ter dito, ou não ter dito o suficiente. Fazer algo que nos faça sentir vivos e bem dentro da nossa pele.
A felicidade é aquele conjunto de pequenas coisas que todas agrupadas nos fazem felizes. Não me queixo da vida que tenho nem da que levo,posso dizer que sou bem abençoado nisso, mas o que realmente me faz sorrir não são os bens materiais mas sim as recordações de locais e pessoas que conheci e conheço,das loucuras e não só as que já fiz.
Va lá, todos nós já andámos a brincar na chuva e adorámos...por isso acho que é altura de sair e fazer algo diferente,algo único para nós
se alguém ler isto e o fizer...fico feliz,mais ainda se me disserem que o fizerem.
Não custa nada ser feliz, é muito mais difícil ser infeliz.

À nossa volta há sempre quem faça coisas erradas. Por vezes juntamo-nos com os amigos e dizemos mal disto e daquilo, de quem fez isto e de quem fez aquilo. Há sempre alguém que não foi suficientemente honesto, suficientemente corajoso, suficientemente leal. Alguém que pisou outros para subir na vida, ou abdicou dos seus princípios para obter uma vantagem, ou mentiu para se livrar de um problema. Alguém que realizou mal o seu trabalho.

Quando deixamos de ser crianças, torna-se bem difícil viver! Caem sobre nós tormentas vindas de fora e de dentro. Quantas vezes sucede que os nossos atos se viram contra nós e se agigantam e nos perseguem pela vida fora! Quantas vezes sentimos saudade do colo da mãe, do braço forte do pai, da humildade perdida que nos permitia aceitar que nos guiassem em cada situação...

Viver é difícil. É preciso resistir. E é preciso, também, ter luz e força: saber o que fazer e ser capaz de o fazer. E nós, que às vezes nos juntamos e falamos das fraquezas dos outros, temos estado também em situações que nos pediam algo de valentia, dignidade, coerência com o que pensamos. E nem sempre fomos capazes de fazer o que devíamos ter feito.

A felicidade continua a exigir de nós comportamentos que não são compatíveis com a facilidade. Não nos tornamos felizes carregando numa tomada. É preciso subir montanhas, insistir em esforços prolongados; acreditar, até ao heroísmo, na lentidão. Por vezes, reunimos todas as forças e não sabemos se aguentamos até ao fim do dia.

Não é verdade que possamos eliminar da vida as grandes contrariedades, as decisões custosas, a doença, o esforço quase insuportável, a dor física e moral, a morte. Seremos felizes com eles ou não seremos felizes nunca. A vida é de tal maneira que o homem deve erguer-se nela como o castelo. Deve ser construído, pedra a pedra, de forma a permanecer no seu lugar quando sopram ventos inesperadamente fortes; de forma a cumprir aquilo que dele se espera, aquilo a que se comprometeu, aquilo que o torna feliz.

Hoje levei-te uma rosa.
Sei que já não vale de muito, ou de nada. Mas sempre gostaste de flores e por isso sempre as ofereci.
Dizias que as flores e as mulheres eram as obras primas de Deus. Eu acreditava. Acreditava porque sempre me falaste nas coisas importantes sem mentiras, sempre me disseste até as coisas que me custavam ouvir. Mas por amor, nunca me magoaste.
E as palavras ficam para sempre, não as esqueci.
É por ti que não temo o futuro. Por me teres dado a força e a coragem de seguir a vida por mais terrível que tenha sido a nossa dor.
Por vezes é mesmo preciso deixar de ver para sentirmos que alguém nos faz falta. E tu fazes, tanta!
E não há um dia em que não lembre o porquê do meu nome, que me deste com uma razão, com um sentido. E não há um único dia que não lembre de ti.
Nenhuma lágrima que derramo por ti é em vão, nenhuma. E custa-me sempre falar sobre a mulher que foste e que és, porque dá aquele nó na garganta que se transforma em lágrimas por raiva da vida te ter levado. Por dor de não te ter por perto, por não ter o teu riso que juntavas ao meu por não ter as tuas palavras que sempre me apaziguavam o peito.
Sempre me falavas por parábolas. Recordo-me de me dizeres que, quando conduzimos o nosso pequeno barquinho em mar calmo, em vez de confiarmos, devemos ficar alerta. É nesses momentos de mansidão que mais facilmente perdemos o norte. E tinhas razão, como sempre. E ao longo dos anos, tenho perdido várias vezes o meu rumo.
Tu eras o meu verdadeiro norte.
É por isso que me orgulho de ser teu filho, de ter tido como mãe uma mulher como tu.
Neste instante em que te escrevo, as lágrimas deslizam num rosto e caem num peito cansado por estar tão vazio de ti!
Continua aqui perto. Não deixes que o teu rosto vá perdendo os contornos, não deixes que da minha memória se esbata a tua presença, a tua voz. Ainda recordo o teu cheiro.
Ainda imagino que a qualquer instante te possa ver outra vez.
Tenho saudades. A saudade não se explica.
Não te vejo, não te ouço e sinto-te.
Ilumina o meu caminho é por te sentir tão perto que nunca me sinto verdadeiramente só.
By Fernando

Ser homem!
Ser Homem é fod...é ter sempre que estar com um palavrão na boca.
Até na hora de se cumprimentar...Um sempre chega e fala e aí cuz~~~~ao!
Que se ta fazendo seu bich...Mas eis que as mulheres estão tão acostumadas com estes figuras...Que nem se dão por conta de que estes mesmos caras são assim as vezes pelo fato de não querer deixar expostos seus verdadeiros sentimentos...verdade?!!! Por trás deste homem existe um cara romântico de uma terra inexplorada, pois seu pai era assim o avô e por que ele iria mudar...mas quem falou que ele não tentou!Tentou sim, mas se feriu, então agora se fecha, para ele mulher nenhuma tem valor com excessão da mãe dele, ele sabe que o pai é um filho da P, trai a mãe mas faz parte...mas vamos ao que interessa, aparece o Cara que quer ir contra todas estas regras.Você quer ser aquele homem que liga para saber como foi a noite da amada, manda flores em teu escritório, a acorda com um sorriso, deixa bilhetes por toda a casa até a porta da rua com palavras de amor, liga durante o dia só para lembrá-la que a ama, será você o homem de outro mundo, não com certeza não...pode ter certeza que você mulher que estiver lendo este texto vai ver que esta agindo como uma criança de 1 ano...Te agradou mais brincar com a embalagem do que com o brinquedo que esta la dentro.Aquelas crianças mais maduras sabem que é preciso abrir a embalagem e sabem que aquele espécime ou brinquedo rrsrs existe e esta em qualquer lugar a espera de que se abra a embalagem.Ou melhor este tipo de homem são comparados aos antílopes e as mulheres as leoas...Se um antílope se desgarrar, meu amigo pode estar certo vai ter uma leoa a espreita...Aí meu filho já era!
By Fernando

O que me torna um homem?
Vou fazer uma lista, e nela ver se tenho tais qualidades.
Caráter, humanismo, respeito, dignidade, fé, sonhos, romantismo.
Estas qualidades, se podem assim serem chamadas, me faz refletir que tenho todas, claro não em 100% de tudo, mas digamos que no mínimo 50%. Mas será que elas fazem de mim um homem digno, um homem a ser respeitado, um homem amado.
Faço–me esta pergunte todos os dias, e a resposta é ;
Não sei!
De todas as mulheres que conheci, a resposta é a mesma, você não existe, não dá para acreditar que você exista, que tenha um homem como você!
Por quê?
Será que houve uma mutação masculina e eu não sei?
O que aconteceu com aqueles homens românticos, foram todos para o bar, ou será que estão no estádio de futebol e este se tornou mais importante do que a felicidade com a mulher amada.
Onde ficaram as palavras de amor?
Tantas dúvidas que não sei mais o que me torna um homem com esperanças de ser feliz.
Passo nas floriculturas quando tenho um encontro, e me olham com um olhar diferenciado.
Quando pergunto se a loja tem uma sugestão quanto ás flores e digo da personalidade da companhia que vou sair, sinto a indignação no olhar da florista.
Indignado fico eu!
Onde está aquele romantismo?
Hoje as conversas mudaram, é gata pra Ca, gostosa pra La... Não que eu seja conservador, mas acredito que não seja isto que uma mulher deseje ouvir, onde estão aquelas palavras, como você esta meu amor?
Como foi tua noite, ou em quais de teus sonhos eu estava...
Será muito conservadorismo de minha parte pensar assim?
Me sinto um homem da idade da pedra, que acabou de descobrir o fogo.
Não sei o que fazer com ele da mesma forma que não sei o que fazer
By Fernando

Tem dias, que acordamos com aquela vontade de escutar o que nos convém.

Mesmo sabendo que esteja errado, a vontade é de que alguém lhe fale que esteja certo.

A esposa acorda, levanta inspirada, resolveu realocar os móveis da sala, desejava algo novo.

Assim começou a redecorar sua sala de estar, passou horas em um trabalho árduo, mas algo lhe incomodava.

Um lindo e maravilhoso vaso, um objeto valioso para si, nunca iria se desfazer dele!

E foi deslocando ele para todos os cantos da sala, um vaso pesado, mas ela tinha de acomodá-lo em um local em que todos o avistasse e deslumbrassem aquele objeto tão valioso para si.

Após varias horas, decidiu expor seu bem precioso no meio da sala de estar, embora tivesse plena consciência de que ali atrapalharia a passagem, enfim que estava horrível. Mas resolve deixá-lo ali.

Eis que seu marido abre a porta da sala e se depara com aquele trambolho no meio da sala.

Olhou e não falou nada, eis que ela pergunta para ele, o que achou meu amor, gostou?

Ele olhou nos olhos de sua esposa e comentou, ficou bom, mas amor você não acha que irá atrapalhar a passagem?

Como assim ficou bom, atrapalhar a passagem, eu sabia que você não iria gostar, poxa você tem noção de quantas horas eu fiquei aqui, me matando, sabe o quanto este vaso é pesado?

O marido abaixou a cabeça, deu dois passos para trás, abriu a porta da sala, saiu, fechou a porta, e voltou a abri-la um minuto depois.

Adentrou na sala e com um sorriso no rosto, expressou... Amor que lindo, ficou tudo maravilhoso, nossa este vaso no meio da sala, que bom gosto amor!

Não seja cínico, assim você me magoa!

Amor sente aqui, o que quer ouvir?

Queria ouvir que você gostou da disposição do vaso!

Mas o que você acha amor?

È, eu sei que ficou meio esquisito no meio da sala, mas eu queria que logo de cara gostasse e elogiasse... Mesmo no fundo sabendo que não foi a minha melhor escolha!

Moral da história;

Às vezes queremos ouvir coisas que não condizem com a realidade, e por mais que nos esforcemos, não haverá nada que você diga que irá agradar, nestas horas é mais fácil que peça uma lista com o que a pessoa amada quer ouvir logo no inicio do dia...

e por mais que tente adivinhar o que a pessoa amada quer ouvir, o silêncio é o melhor elogio a ser feito, basta sorrir, sempre para tudo.

By Fernando


Descobrindo a própria força Rachel tinha apenas 16 anos quando, certa noite, recolheu-se ao leito, no dormitório da escola. Acordou, seis meses depois, numa cama de hospital, na cidade de Nova Iorque. Ela sofreu um forte sangramento intestinal que a fez mergulhar num longo estado de coma. Era o fim de sua vida como uma pessoa saudável e o início de uma vida como pessoa portadora de doença crônica. Foi nessa época que Rachel se recorda de ter verdadeiramente conhecido sua mãe. Até então ela era a profissional que passava longas horas trabalhando. Rachel a via quando chegava em casa, tarde da noite, para lhe dar banho, ler uma história, dar-lhe um beijo de boa noite. As lembranças de sua mãe, até então, eram de uma figura passageira que tinha um perfume gostoso e tomava conta dela nos finais de semana. Durante os seis meses de seu coma seus pais se tomaram de temores. Ela era a única filha de pais mais velhos e super-protetores. O prognóstico médico era sombrio. Se saísse do coma, viveria como uma inválida, limitada por uma doença que os médicos não compreendiam, nem controlavam. Teria que se submeter a uma série de cirurgias importantes. Não deveria viver além dos 40 anos. Sem chance de retornar aos estudos. Mas Rachel desejava ser médica. Ali, deitada na cama, ouvindo seu pai lhe dizer tudo isso, ela ficou zangada. Não importava o que diziam os médicos, ela iria voltar aos estudos, à faculdade. Queria ser médica. Nada a impediria. “Ah”, disse o pai, “uma coisa a impedirá, sim. Não pagarei os seus estudos.” Foi então que a mãe de Rachel, sem alteração na voz, afirmou: “Eu pago a faculdade.” “E onde você vai arranjar o dinheiro?” – perguntou ele. Ela continuou a falar, dirigindo-se à filha, como se não o tivesse ouvido: “tenho uma conta no banco há muitos anos. É toda sua, Rachel.” Vinte e quatro horas depois, ela assinou um termo de responsabilidade e retirou a filha do hospital, contra a recomendação médica. Tomou um pequeno avião e levou Rachel de volta à faculdade. Nos seis meses seguintes levou a filha para as salas de aulas, muitas vezes empurrando a cadeira de rodas, porque ela não conseguia andar. Então, quando percebeu que Rachel poderia cuidar de si mesma, a deixou, mas telefonava todos os dias para saber notícias. Os dois anos seguintes foram de muitas lutas. Rachel não conseguia comer direito e tomava medicamentos fortes para controlar os sintomas. Ela se sentia doente, tinha a aparência alterada e estava doze ou catorze quilos abaixo do seu peso normal. Mas foi descobrindo uma força que desconhecia. Encontrou uma maneira de viver essa nova vida e seguir em frente. Concluiu a faculdade e passou a clinicar. Anos depois, conversando com sua mãe, lhe perguntou porque a deixara sozinha em momento tão difícil. Afinal, ela era a sua única filha. Por que não ficou ao seu lado, protegendo-a e mimando-a? Ela não ficou com medo do que pudesse acontecer? “Eu temia por você” – disse-lhe a mãe. “Mas temia ainda mais pelos seus sonhos. Se eles morressem, essa doença dominaria a sua vida. Há muitas formas de morrer, Rachel. A pior delas, é permitir que outras pessoas escolham o tipo de vida que você deve levar. A pior morte é permitir que sejam sepultados os próprios sonhos.” *** Amparar a vida, por vezes, é algo muito completo. Há momentos em que o melhor é oferecer a nossa força e a nossa proteção. No entanto, acreditar numa pessoa num momento em que ela não consegue acreditar em si mesma, tem uma importância toda especial. É a nossa crença nessa pessoa que vai se tornar o seu barco salva- vidas.